Nasceu, e agora?: Descubra os segredos da orientadora perinatal dos famosos para criar um bebê feliz de Stéphanie Sapin-Lignières

Lido em junho de 2025

Introdução

A verdade é que para a grande maioria dos pais ter um bebê é um desafio enorme, quase sempre assustador, principalmente em se tratando do primeiro filho. Pais e mães têm a mente invadida por desejos e fantasias. Sonham em ter uma criança perfeita, inteligente, linda, que não dará trabalho. Sonham ainda com um parto sem dor, na data mais conveniente. Acham que a vida será igual à de antes do nascimento dos filhos. Claro que o bebê dormirá a noite inteira, mamará sem problemas, enquanto a mãe terá leite em profusão, sem nenhuma dor ou dificuldade.

Minhas décadas de experiência também me fizeram ver a importância de os pais, sobretudo a mãe, terem seus momentos de descanso — pequenas fugas da rotina trabalhosa de ter um bebê em casa. Para isso, defendo que mesmo o bebê que mama apenas no peito seja apresentado à mamadeira depois dos primeiros dez dias de amamentação. As mamadeiras com leite materno — também vou ensinar como tirar e armazená-lo — devem ser usadas três vezes por semana, em ocasiões bem específicas, para que os pais consigam fazer um programa juntos, para que a mãe durma uma noite inteira sem precisar dar o peito e para que finalmente consiga ter um momento só dela e aproveitá-lo do jeito que bem entender (massagem, passeio com amigas ou qualquer coisa que lhe vier à cabeça). Esta é uma dica libertadora para que a mãe perceba na prática que umas horas longe do bebê não são sinônimo de abandono. Pelo contrário. Ela se sentirá mais leve ao ver que tudo pode funcionar bem quando está distante. Uma mãe mais tranquila será, provavelmente, uma mãe com muito mais leite.

Nascimento

Parto e nascimento não são a mesma coisa. Essa é uma das primeiras lições que costumo ensinar aos casais à espera de um ou mais filhos. O parto é da mãe, enquanto o nascimento é do bebê.

Amamentação

Tudo deve ser feito no tempo dele, respeitando cada etapa. O bebê só vai querer mamar depois de sinalizar que já está pronto para isso. Esse sinal, como já foi dito, é colocar a língua para fora.

Se não tiver um lugar indevassável onde se possa pegar sol com os seios à mostra, a dica é pegar uma camiseta estampada em tons de marrom, tipo oncinha, e fazer um buraco na região da aréola, deixando os mamilos de fora sem que ninguém perceba.

COLOSTRO Trata-se de uma substância espessa, transparente e amarelada, com alto poder nutritivo e um potente lubrificante para os primeiros momentos de trabalho do sistema digestivo do bebê. É um líquido poderoso que possui sais minerais, proteínas, hormônios e enzimas que facilitam a digestão e, ao mesmo tempo, é repleto de anticorpos fundamentais nesses primeiros dias de vida do bebê. É importantíssimo para o resto da existência dele.

É preciso aguentar firme. Esse tempo é importante, porque, com a sucção do bebê, o corpo da mãe recebe a informação de que é necessário produzir leite. Quanto mais o bebê sugar colostro, mais leite a mãe terá no futuro e mais o útero vai se contrair, fazendo a barriga da mãe voltar ao volume de antes da gravidez.

Outra recomendação é nunca levar o seio até a boca do bebê. Fazendo isso, ele será obrigado a segurar o peso do peito com a boca, não aguentará, vai soltá-lo e chorar. O correto é o contrário, levar o bebê até o seio.

Na hora da mamada, a mãe deve deixar o filho inclinado, sempre com o peito mais alto do que a barriga, evitando assim o refluxo gastresofágico — o conteúdo do estômago, no caso o leite e o ácido gástrico, volta para o esôfago porque o anel muscular que controla esse movimento ainda é imaturo e não fecha tão bem —, muito comum em bebês. Ao incliná-lo, a mãe diminuirá essa possibilidade.

Se o bebê é do tipo que só quer dormir, nunca o deixe sem mamar por mais de três horas seguidas nos primeiros dez dias. Caso contrário, ele poderá ter hipoglicemia, o que o deixará com ainda mais sono e sem vontade de mamar. Na hora de acordá-lo, é bom seguir todo um ritual para não assustá-lo. O ideal é esfriar o ambiente onde ele estiver e em seguida tirar a roupa dele com muita delicadeza e carinho. Use seu bom senso, tirando as peças necessárias para acordá-lo calmamente.

O bebê que só quer saber de mamar vai dar trabalho nesses primeiros dias, e a mãe deve se preparar para ficar à disposição dele. Enquanto o alimento for o colostro, ele pode mamar durante três horas e dormir apenas uma, depois mamar por mais duas horas e descansar outras duas, em seguida voltar a mamar durante mais duas e dormir apenas uma, para voltar a sentir fome…

Há, basicamente, dois tipos de recém-nascido: os que dormem muito e os que não param de mamar. A maioria faz parte do segundo grupo.

CHUPETA Ainda não é hora de introduzir a chupeta, porque usá-la nesse momento pode atrapalhar a sucção do seio. Não a dê ao bebê nos primeiros 15 dias para evitar a confusão de bicos. Criança que recebe bastante carinho e comida, na maioria das vezes, não costuma precisar de chupeta.

ENFIM, O LEITE Após a fase do colostro, enfim o leite começa a aparecer. É a chamada apojadura. Traduzindo: o corpo da mãe percebeu que há um bebê sugando e, portanto, se prepara para produzir leite. De repente, os seios da mulher ficam enormes, muito quentes, duríssimos, sensíveis e doloridos. É nessa hora que muita gente acha que os seios empedraram. Contudo, não há nada de anormal nesses sintomas. Há, sim, algo parecido com pedras, que nada mais são do que as glândulas mamárias inflamadas, inchadas e doloridas. Isso é ótimo, está tudo acontecendo como deveria. Primeiro, as glândulas incham, para em seguida o leite de fato começar a sair.

Se o bebê mama mais e bem durante o dia, ele vai dormir melhor durante a noite.

Claro, aqui está o texto corrigido, com os espaços indevidos removidos para uma leitura mais fluida:

Nasceu, e agora?: Descubra os segredos da orientadora perinatal dos famosos para criar um bebê feliz de Stéphanie Sapin-Lignières Lido em junho de 2025

Introdução

A verdade é que para a grande maioria dos pais ter um bebê é um desafio enorme, quase sempre assustador, principalmente em se tratando do primeiro filho. Pais e mães têm a mente invadida por desejos e fantasias. Sonham em ter uma criança perfeita, inteligente, linda, que não dará trabalho. Sonham ainda com um parto sem dor, na data mais conveniente. Acham que a vida será igual à de antes do nascimento dos filhos. Claro que o bebê dormirá a noite inteira, mamará sem problemas, enquanto a mãe terá leite em profusão, sem nenhuma dor ou dificuldade.

Minhas décadas de experiência também me fizeram ver a importância de os pais, sobretudo a mãe, terem seus momentos de descanso — pequenas fugas da rotina trabalhosa de ter um bebê em casa. Para isso, defendo que mesmo o bebê que mama apenas no peito seja apresentado à mamadeira depois dos primeiros dez dias de amamentação. As mamadeiras com leite materno — também vou ensinar como tirar e armazená-lo — devem ser usadas três vezes por semana, em ocasiões bem específicas, para que os pais consigam fazer um programa juntos, para que a mãe durma uma noite inteira sem precisar dar o peito e para que finalmente consiga ter um momento só dela e aproveitá-lo do jeito que bem entender (massagem, passeio com amigas ou qualquer coisa que lhe vier à cabeça). Esta é uma dica libertadora para que a mãe perceba na prática que umas horas longe do bebê não são sinônimo de abandono. Pelo contrário. Ela se sentirá mais leve ao ver que tudo pode funcionar bem quando está distante. Uma mãe mais tranquila será, provavelmente, uma mãe com muito mais leite.

Nascimento

Parto e nascimento não são a mesma coisa. Essa é uma das primeiras lições que costumo ensinar aos casais à espera de um ou mais filhos. O parto é da mãe, enquanto o nascimento é do bebê.

Amamentação

Tudo deve ser feito no tempo dele, respeitando cada etapa. O bebê só vai querer mamar depois de sinalizar que já está pronto para isso. Esse sinal, como já foi dito, é colocar a língua para fora.

Se não tiver um lugar indevassável onde se possa pegar sol com os seios à mostra, a dica é pegar uma camiseta estampada em tons de marrom, tipo oncinha, e fazer um buraco na região da aréola, deixando os mamilos de fora sem que ninguém perceba.

COLOSTRO

Trata-se de uma substância espessa, transparente e amarelada, com alto poder nutritivo e um potente lubrificante para os primeiros momentos de trabalho do sistema digestivo do bebê. É um líquido poderoso que possui sais minerais, proteínas, hormônios e enzimas que facilitam a digestão e, ao mesmo tempo, é repleto de anticorpos fundamentais nesses primeiros dias de vida do bebê. É importantíssimo para o resto da existência dele.

É preciso aguentar firme. Esse tempo é importante, porque, com a sucção do bebê, o corpo da mãe recebe a informação de que é necessário produzir leite. Quanto mais o bebê sugar colostro, mais leite a mãe terá no futuro e mais o útero vai se contrair, fazendo a barriga da mãe voltar ao volume de antes da gravidez.

Outra recomendação é nunca levar o seio até a boca do bebê. Fazendo isso, ele será obrigado a segurar o peso do peito com a boca, não aguentará, vai soltá-lo e chorar. O correto é o contrário, levar o bebê até o seio.

Na hora da mamada, a mãe deve deixar o filho inclinado, sempre com o peito mais alto do que a barriga, evitando assim o refluxo gastresofágico — o conteúdo do estômago, no caso o leite e o ácido gástrico, volta para o esôfago porque o anel muscular que controla esse movimento ainda é imaturo e não fecha tão bem —, muito comum em bebês. Ao incliná-lo, a mãe diminuirá essa possibilidade.

Se o bebê é do tipo que só quer dormir, nunca o deixe sem mamar por mais de três horas seguidas nos primeiros dez dias. Caso contrário, ele poderá ter hipoglicemia, o que o deixará com ainda mais sono e sem vontade de mamar. Na hora de acordá-lo, é bom seguir todo um ritual para não assustá-lo. O ideal é esfriar o ambiente onde ele estiver e em seguida tirar a roupa dele com muita delicadeza e carinho. Use seu bom senso, tirando as peças necessárias para acordá-lo calmamente.

O bebê que só quer saber de mamar vai dar trabalho nesses primeiros dias, e a mãe deve se preparar para ficar à disposição dele. Enquanto o alimento for o colostro, ele pode mamar durante três horas e dormir apenas uma, depois mamar por mais duas horas e descansar outras duas, em seguida voltar a mamar durante mais duas e dormir apenas uma, para voltar a sentir fome…

Há, basicamente, dois tipos de recém-nascido: os que dormem muito e os que não param de mamar. A maioria faz parte do segundo grupo.

CHUPETA

Ainda não é hora de introduzir a chupeta, porque usá-la nesse momento pode atrapalhar a sucção do seio. Não a dê ao bebê nos primeiros 15 dias para evitar a confusão de bicos. Criança que recebe bastante carinho e comida, na maioria das vezes, não costuma precisar de chupeta.

ENFIM, O LEITE

Após a fase do colostro, enfim o leite começa a aparecer. É a chamada apojadura. Traduzindo: o corpo da mãe percebeu que há um bebê sugando e, portanto, se prepara para produzir leite. De repente, os seios da mulher ficam enormes, muito quentes, duríssimos, sensíveis e doloridos. É nessa hora que muita gente acha que os seios empedraram. Contudo, não há nada de anormal nesses sintomas. Há, sim, algo parecido com pedras, que nada mais são do que as glândulas mamárias inflamadas, inchadas e doloridas. Isso é ótimo, está tudo acontecendo como deveria. Primeiro, as glândulas incham, para em seguida o leite de fato começar a sair.

Se o bebê mama mais e bem durante o dia, ele vai dormir melhor durante a noite.

Para ficar bem e ter saúde, um bebê precisa, nos três primeiros meses de vida, de oito mamadas por dia. Com uma simples conta, percebe-se que, dividindo as 24 horas do dia por oito, os intervalos entre as mamadas seriam de três horas. No entanto, há outra regra básica de que o bebê, já no primeiro mês, precisa aprender a dormir mais à noite. Por isso, a prioridade é ajustar muito bem as mamadas diurnas, para que a criança mame apenas uma vez durante a madrugada, ou seja, sete mamadas durante o dia e uma de madrugada. Minha experiência mostra que, se os intervalos entre o início de uma mamada e o da próxima forem de duas horas e meia durante o dia, naturalmente o bebê acordará somente uma vez à noite, contribuindo tanto para o sono dele quanto para o dos pais.

Minha sugestão é começar o dia dando o peito às 7h, com as mamadas seguintes às 9h30, às 12h, às 14h30, às 17h, às 19h30, às 22h e às 3h da manhã. Mas esse é só um exemplo. Cabe à mãe definir a melhor hora para dar a primeira mamada do dia, de acordo com seu ritmo biológico. Há as que preferem acordar e dormir cedo, enquanto outras são o contrário. O bebê, com o tempo, irá se ajustar.

Minha experiência mostra que, se os intervalos entre o início de uma mamada e o da próxima forem de duas horas e meia durante o dia, naturalmente o bebê acordará somente uma vez à noite, contribuindo tanto para o sono dele quanto para o dos pais. Minha sugestão é começar o dia dando o peito às 7h, com as mamadas seguintes às 9h30, às 12h, às 14h30, às 17h, às 19h30, às 22h e às 3h da manhã. Mas esse é só um exemplo. Cabe à mãe definir a melhor hora para dar a primeira mamada do dia, de acordo com seu ritmo biológico. Há as que preferem acordar e dormir cedo, enquanto outras são o contrário. O bebê, com o tempo, irá se ajustar.

TROCA DE FRALDA Em seguida, troca-se a fralda. Outra dica importante é não trocar a fralda do bebê antes do início da mamada — ele pode vir a odiar esse momento porque vai associá-lo à fome. Como bebês costumam evacuar durante a mamada, não adianta limpá-lo antes. Depois de mamar, mesmo que a fralda não esteja muito suja, é bom trocar para criar uma rotina.

O bebê deve ser bem embrulhado e ninado, mas não pode dormir no colo. Ele deve chegar ao berço quase dormindo, só que ainda de olhos abertos, para que veja e entenda onde está.

CICLO Resumindo, das oito mamadas do dia, seis são assim: mama, arrota (às vezes não), troca a fralda, mama mais um pouco, brinca e dorme até a próxima mamada.

MAMADA DA MADRUGADA Esta é a única mamada que não é possível programar. O bebê vai começar a reclamar de fome quando quiser e isso normalmente acontece por volta das 3h.

Trata-se de uma mamada diferente, na qual a mãe fará tudo para que ele continue mergulhado no sono. Embora esteja com fome, ele não vai querer acordar por ainda estar com sono.

À noite, a recomendação mais importante é a de não deixar que o bebê chore, pois, se fizer isso, ficará alerta e demorará mais para ele voltar ao sono de novo. Não é fácil para a mãe conseguir se levantar assim que ouve o choro, diante do cansaço de um dia inteiro de dedicação, mas sua rapidez fará toda a diferença no meio da noite. Como ele está sentindo fome, antes de efetivamente acordar, vai começar a se remexer no berço, reclamando baixinho. É esse o primeiro sinal para a mãe levantá-lo, pegá-lo do jeito que estiver e logo lhe dar o seio. Tudo no escuro. Muito cuidado para que ele não abra os olhos. A mamada deve ser feita com ele sonolento. Assim que ele largar o seio, basta colocá-lo de volta no berço, mesmo sem arroto.

O bebê que mama de madrugada sem acordar vai conseguir ficar tranquilamente uma noite inteira sem comer a partir dos quatro meses.

Outra razão é acostumar o bebê à mamadeira. Sim, é importante também que ele a conheça e saiba mamar nela, para caso de necessidade.

É claro que existem exceções, mas bebê que nunca provou uma mamadeira até os três meses pode rejeitá-la para sempre. E não vai ser por causa dessas três mamadeiras semanais que ele irá preferi-las em vez de um peito cheio de leite (e de carinho). O peito com leite farto sempre fará mais sucesso com o bebê. Ele só prefere a mamadeira quando o peito não tem leite suficiente.

CINQUENTA E TRÊS MAMADAS NO PEITO E TRÊS NA MAMADEIRA POR SEMANA
As três mamadeiras semanais são do leite da própria mãe, armazenado ao longo dos dias e muito bem conservado. Ao todo, são 56 mamadas semanais (oito por dia): 53 diretamente no peito e três na mamadeira de leite materno.

Uma mamadeira para que a mãe consiga dormir uma noite inteira por semana. Ela será dada de madrugada pelo pai (ou por outra pessoa), que dorme seis noites e assume uma. Uma mamadeira para que a mãe tenha uma tarde livre por semana para fazer o programa que preferir. E, finalmente, uma mamadeira para que os pais consigam dar uma escapada e façam um programa a sós uma vez por semana. Essas mamadeiras vão permitir que os pais percebam que não são escravos do filho e que continuam tendo vida própria depois do nascimento da criança.

A mulher que acabou de parir não deveria se preocupar com assuntos domésticos, como comida para almoço ou jantar, arrumação ou compras. O foco deve ser o bebê e tudo que diz respeito a ele. A curva de produção do leite está diretamente relacionada ao cansaço ou ao estresse da mãe: mulher exausta, preocupada e irritada vai produzir menos leite.

Ritual do sono

O sonho de todos os pais é que seu bebê durma bem e, principalmente, muito. Não é uma tarefa difícil se, desde o começo, for estabelecida uma rotina saudável. Todo bebê precisa ter um ritual de sono, que fará o corpo dele perceber que é hora de se acalmar e dormir.

poucos. Tanto recém-nascido quanto nos primeiros meses, ele precisa sentir o cheiro da mãe. Pesquisas indicam que um bebê consegue até identificar o batimento cardíaco de sua mãe estando a uma boa distância dela. Contudo, ele não deve ultrapassar os três meses de idade no quarto dos pais. Senão, já era.

O momento de atividade acontece depois da mamada, da troca de fralda e da mamada extra, que chamo de sobremesa. O bebê deve ser colocado de frente para mãe, pai, babá ou avós, na posição vertical, apoiado numa almofada ou numa cadeirinha. Esse adulto deve encará-lo e repetir os sons, sobretudo os que a criança fizer. É hora de rir, conversar, mexer com o chocalho. Por volta de um mês e meio, o bebê começa a sorrir e também a emitir sons, que ele adora ver reproduzidos por outros. Rapidamente, a criança demonstrará que está cansada, bocejando e reclamando, dando a deixa para que seja levada para dormir.

NUNCA DE OLHOS FECHADOS Dentro do ritual do sono, outro ponto importante é nunca colocar o bebê no berço já de olhos fechados. Ele precisa ter a segurança de saber onde está dormindo, para que, ao acordar, não se assuste ao perceber que dormiu num lugar e acordou em outro. Como têm várias ondas de sono por noite, cada vez que ele estiver na fase superficial, vai acabar acordando e chorando.

Um bebê que dorme no colo e acorda no berço fica com medo de dormir e passa a brigar contra o sono. Já o bebê que dorme mamando vai querer voltar a mamar todas as vezes que seu sono for mais superficial.

COMO FAZÊ-LO DORMIR DEPOIS DE SEIS MESES Coloque a criança no berço ou na cama, sente-se ao lado dela, sempre bem visível, e, num tom de voz monocórdio, repita: “Agora é hora do neném dormir.” Provavelmente ela vai gritar, chorar, espernear. Não a tire da cama ou do berço e, sobretudo, não altere o tom de voz. Repita a frase como um mantra e faça carinho nela. Seja forte porque realmente se trata de um exercício de paciência. O bebê tem que sentir que o responsável por ele está tranquilo e sem irritação, que não se trata de um castigo. Dá pena, porém é necessário impor limites, para o bem de todos da casa, principalmente da mãe e do filho. Claro que, quanto mais tarde isso for feito, mais difícil será para todos os envolvidos. Não saia do quarto e deixe o bebê chorando. Ele não pode se sentir abandonado. Ele não entende porque podia dormir no colo e não pode mais: é difícil, pois precisa de apoio nesta hora mas também de firmeza. Só comece quando tiver certeza de que vai aguentar e nunca desista no meio. A criança precisa ter confiança na sua força e na sua solidez para se sentir segura.

Banho e higiene em geral

O ideal é que o primeiro banho , ainda na maternidade , seja dado pelo pai , sem sabão , proporcionando um momento de prazer e relaxamento para o bebê .

BANHO DE CHUVEIRO A experiência com bebês me mostrou que não há banho melhor do que o de chuveiro, mesmo para os recém-nascidos. Eles adoram sentir a água caindo pelo corpo. Se o pai for estimulado a dar o banho, um vínculo importante é criado entre os dois, que vai se refletir numa relação mais próxima e participativa. Minha sugestão é transformar essa tarefa num momento especial entre pai e filho, já que, por causa da amamentação, o bebê passará, naturalmente, muito mais tempo com a mãe.

DICA A mãe não deve dar banho de chuveiro, pois o bebê vai querer mamar, já que estará muito próximo ao seio dela, sentindo o cheiro de leite que ele tanto ama. Banho de chuveiro é do pai!

O único banho diário com sabão deve ser dado no fim do dia, depois da última mamada, como parte do ritual para uma boa noite de sono.

A limpeza do bumbum da menina é diferente da limpeza do menino. Na hora de passar o algodão para limpá-la, faça sempre de frente para trás, da vagina em direção ao bumbum, evitando, assim, empurrar fezes para dentro da uretra da bebê.

Outra dica: após fechar a fralda, tenha certeza de que há apenas um dedo de folga entre ela e a barriga do bebê. Nunca vi ninguém apertar a fralda demais, contudo, vejo frequentemente os pais apertando a fralda de menos, o que facilita o vazamento.

Cuidados com o bebê

CHORO Não existe bebê que não chora. Podem existir os que choram menos, mas choro é a forma de eles se comunicarem. O grande segredo é treinar o ouvido para descobrir os diferentes motivos que fazem a criança chorar. No começo, os pais vão ficar preocupados, sem conseguir identificar o que está acontecendo com o filho.

Com o tempo e a convivência intensa, descobrem-se as nuances, as diferenças entre os choros. Por isso, muito cuidado com as “traduções” dos palpiteiros para os choros do bebê. Ninguém melhor do que os pais para decifrar o que o filho está querendo dizer.

É importante prestar atenção em vez de procurar soluções na internet ou nos livros.

NÃO DEIXE O BEBÊ CHORANDO Cuidado com os palpiteiros de plantão que costumam dizer que é bom deixar o bebê chorar antes de finalmente pegá-lo no colo. Os pais não devem fazer isso, porque só irão estressar a ele, e a si mesmos, por causa do choro. Bebê bem alimentado e com bastante colo será um bebê tranquilo. Já um bebê que ganha pouco colo estará sempre em busca de atenção, fazendo de tudo para ficar em contato com quem se dispuser a acariciá-lo.

Ele deve permanecer no mesmo lugar onde adormeceu. Bebês precisam de ritual para entender que está na hora de dormir.

Chupar o pé ou a mão não significa fome; é só um momento de deleite para o bebê.

FEBRE A primeira febre de um filho a gente nunca esquece. A maioria das febres de recém-nascidos é causada pelo superaquecimento. Se por acaso achar que o bebê está quente por causa do calor, a dica é deixá-lo só de fralda durante 15 minutos e, em seguida, medir a temperatura. Se ela não abaixar, é hora de ligar para o pediatra.

NUNCA DÊ BANHO FRIO Em caso de febre, evite dar banho frio no bebê, um procedimento muito comum no passado para tentar abaixar a temperatura do bebê.

REFLUXO E GOLFADA Não se deve confundir refluxo com regurgitação — as famosas golfadas. Os bebês costumam pôr leite para fora, mas nem por isso estão sentindo dor. Bebê que mama regurgita; é o excesso de leite que ele está expelindo, o que não provoca dor. A dor do refluxo é quando o leite e o ácido do estômago, em vez de saírem pela boca, ficam agredindo o esôfago.

Massagem Shantala

A Shantala é um daqueles grandes trunfos dos pais de um bebê: estreita a relação deles com o filho, permitindo momentos de pura cumplicidade entre os dois, acalma a criança, induzindo-a mais ainda ao sono, estimula o sistema nervoso central e fortalece a imunidade do bebê. São apenas alguns minutos diários de massagem e diversas benesses imediatas a longo prazo.

Aproveite a massagem para conversar com o bebê, cantarolar, repetir os sons que ele fizer. É um momento único de cumplicidade, por isso, aproveite a chance de interagir. Se preferir, também fique em silêncio, exercitando a cumplicidade por meio do olhar, de sorrisos e até do tato. Encontre a melhor forma de se comunicar. Se gostar de uma trilha sonora tranquila, ponha a música e se deixe embalar.

Cachorros e outros animais

Quem tem cachorro ou gato em casa — ou outros animais de estimação — vai escutar que bebê não combina com bichos. Porém, em minha opinião, não há qualquer problema, desde que os pais tenham alguns cuidados. Tirar o animal de casa quando nasce um bebê seria o mesmo que expulsar o filho mais velho porque o caçula vai chegar.

Cachorros e gatos têm instinto de proteção. Logo o animal irá se afeiçoar à criança pequena, tentando protegê-la a sua maneira. Provavelmente, quando o bebê começar a chorar, o cão vai latir e o gato, miar, com o objetivo de avisar que a criança está precisando de ajuda ou pedindo atenção.

Enxoval

Na maternidade é comum ver bebês que acabaram de nascer usando roupas enormes, porque os pais acreditavam que o filho já nasceria muito grande.

MACACÃO: ROUPA IDEAL O macacão é uma peça fundamental no armário de qualquer bebê. Se a criança morar num lugar mais quente, o modelo pode ser de algodão, mais leve. Em lugares frios, há materiais que esquentam mais, como plush ou acrílico. O macacão é um aliado de todas as horas, sobretudo para o bebê dormir confortavelmente.

Se estiver frio, uma camisa ou um body pode ser colocado por baixo do macacão. Essa peça a mais terá como função proteger a pele sensível dele da roupa mais pesada. Se a opção for uma camisa do tipo pagão, a dica para que ela não suba quando ele se mexer é prendê-la à fralda com um pedaço de fita-crepe.

Decoração

Itens essenciais: berço com grade, cômoda, cadeira de amamentação e cama para acompanhante. Os quartos são pensados no desenvolvimento, autonomia e liberdade da criança. É importante que o bebe fique os 3 meses perto da mãe, depois ele vai para o próprio quarto. A cama montessoriana já fique no chão para não prender o bebê.

Na hora de trocar o bebe, é bom deixa-lo inclinado, com o tórax mais alto que a barriga para evitar o refluxo, você pode colocar uma toalha enrolada embaixo do trocador, o ideal é a inclinação de 30º.

Gêmeos, Trigêmeos, Quadrigêmeos…

Ser mãe é aprender também a suportar a frustração, porque no dia a dia corrido da maternidade as coisas não saem sempre do jeito que você imaginou. Ela deve aprender a lidar com a sensação, sem se cobrar tanto, mas com o cuidado de dividir seu tempo de forma justa com cada bebê.

Segundo Filho

Exercitando a paciência: como a criança pequena não tem noção do tempo e como a gestação demora, é interessante mostrar que o bebe cresce devagar, mostre fotos da criança quando ela era recém nascida, se o mais velho tiver mais de 5 anos, os pais podem mostrar que ele vai nascer perto de alguma data especial, como dia das crianças, natal, para o irmão ter ideia de quando ela vai nascer.

Avós e Avôs

A chegada de uma criança muda toda a organização da família, e a participação deles nesse momento é importante, no entanto, é uma linha tênue que separa ajuda de invasão. É bom deixar claro o papel de cada um, e que os avós não cuidam do bebe, mas cuidam dos seus filhos que vão cuidar do bebe.

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