O livro que você gostaria que seus pais tivessem lido de Philippa Perry
Lido em dezembro e janeiro de 2025
A base da criação dos filhos é a relação que você cria com eles.
Uso uma perspectiva de longo prazo sobre a criação dos filhos em vez de uma abordagem de dicas e truques.
O clichê é verdade: as crianças não fazem o que falamos; fazem o que fazemos.
Claro, se foram palavras que fizeram você se sentir uma criança querida, amada e segura, tudo bem. Mas, muitas vezes, foram palavras que produziram o efeito contrário.
O comportamento de seus filhos ameaça despertar suas próprias sensações inconscientes de desespero, desejo, solidão, ciúme ou carência do passado.
Exercício: Olhar para trás com compaixão
Pergunte-se qual comportamento de seus filhos desperta as reações mais negativas em você. O que acontecia com você quando era criança e exibia o mesmo comportamento?
Exercício 2: Mensagem de suas memórias
Feche os olhos e lembre-se de sua lembrança mais antiga. Pode ser apenas uma imagem ou um sentimento, ou pode haver uma história. Qual é a emoção predominante em sua memória? Que relevância consegue extrair dessa recordação para determinar quem você é agora? Como isso influencia a maneira como você cria seus filhos? Lembre-se: se algo vier à tona neste exercício, como um medo de passar vergonha capaz de levar você a fazer de tudo para não admitir um erro, talvez à custa do bem-estar dos seus filhos, tenha orgulho por ter detectado isso, em vez de sentir que não vai suportar a vergonha ou ficar na defensiva e continuar com o mesmo comportamento de sempre diante desse sentimento.
Um pai rabugento e sincero (normalmente descrito como “mau”) pode ser melhor do que um pai frustrado e rancoroso escondido atrás de uma fachada de doçura melosa.
Se você estiver criando seus filhos junto com o pai ou a mãe deles, o amor, a disposição, o carinho e o respeito entre os dois vai contribuir para a sensação de segurança das crianças. No entanto, como qualquer pessoa que já teve filhos sabe, isso causa tensão no relacionamento. A espontaneidade pode se perder, o tempo a sós do casal ou com outras pessoas próximas pode diminuir, a possibilidade de tirar um instante só para si pode ser reduzida ou desaparecer completamente. A relação de um ou de outro com o sexo pode mudar, e as oportunidades para momentos de intimidade vão surgir com menos frequência. Os padrões de sono vão ser perturbados, e é provável que você tenha de aprender a sobreviver dormindo muito menos; cada membro de um casal, ou de uma família estendida, pode ter ideias diferentes sobre como educar crianças, e a dinâmica dentro das relações pode mudar. Seus hábitos profissionais vão mudar e, se você largar seu trabalho remunerado, isso também pode afetar sua autoimagem.
Sua vida social também sofrerá transformações; pode haver menos ou nenhum contato com ex-colegas; alguns amigos podem parecer sumir por um tempo por causa da sua preocupação com o bebê; e assim por diante. E essa está longe de ser uma lista completa. Todo casal precisa de um tempo para se acostumar com a transição dessa parceria para uma família. E, quando você pensa que se acostumou, tudo muda de novo, com a criança ou família continuando a crescer.
Essas mudanças também podem contribuir para o ressentimento que vocês talvez sintam um pelo outro e pelos filhos. A propósito, é melhor admitir qualquer ressentimento, mesmo que apenas para si. Caso contrário, você corre mais risco de criar justificativas para os momentos em que age por conta desse sentimento, em vez de assumir a responsabilidade por suas ações e emoções.
A vida nunca é estática, e ser capaz de aceitar a mudança e trabalhar com ela é mais útil do que resistir. Pensar sobre como você se torna flexível pode ser mais efetivo do que tentar recuperar o que foi perdido. Isso não quer dizer que você não vá sentir falta de sua antiga vida às vezes. Significa que talvez precise tentar se render à vida nova e aceitá-la.
Lembre-se de Mark, do capítulo anterior; ele se ressentia da forma como sua vida foi virada de cabeça para baixo quando deixou de fazer parte de um casal para se tornar parte de uma família de três pessoas, e começou a aceitar essa mudança quando encontrou a origem desse sentimento em sua própria infância e achou sentido em criar um filho, em vez de considerar isso como uma obrigação indesejada. Ele também descobriu que, ao aceitar a responsabilidade conjunta sobre o filho com a companheira, isso a liberou para ser mais como era antes em vez de se preocupar unicamente com o bebê.
Lembre-se: todos os pais cometem erros, e corrigi-los é mais importante do que os erros em si. Portanto, se você pensou que a melhor tática para fazer seus filhos se sentirem melhor era fingir que não está vendo quando eles estão nervosos ou infelizes, não se preocupe.
São três as maneiras — e a sua pode ser semelhante à sua forma de reagir aos seus próprios sentimentos. Pode ser que você varie entre as três, a depender da emoção ou da situação.
REPRESSÃO: Se menosprezar os sentimentos dos seus filhos como uma coisa pouco importante, eles se mostrarão menos propensos a compartilhá-los, independentemente da importância atribuída por você.
DRAMATIZAÇÃO: No extremo oposto, você pode sentir tanto pela criança que tem uma reação de histeria e chorar junto, como se a dor fosse tão sua quanto dela. A criança pode achar que você não tem estrutura para suportá-los, ou se sentir invadida por essa apropriação de sentimentos.
CONTENÇÃO Conter seus sentimentos significa que você sabe como reconhecê-los e validá-los. Se conseguir fazer isso por você, vai parecer uma coisa natural a fazer por seus filhos também. É possível levar um sentimento a sério sem dramatizar e manter uma postura contida e otimista.
A maneira como lidamos com nossos sentimentos influencia como nossos filhos aprendem a lidar com os deles. Ficar à vontade com suas emoções, por mais fortes que sejam, é o segredo para ser capaz de conter os sentimentos dos seus filhos e tranquilizá-los. Se você reagir de forma histérica, não vai ser capaz de conter nem seus próprios sentimentos, muito menos os de uma criança.
O BEBÊ E VOCÊ As páginas a seguir discutem seu primeiro contato com o bebê, o parto e como você pode se sentir nos primeiros minutos, horas, semanas e meses após dar à luz. Todas gostaríamos de ter um parto tranquilo e uma conexão instantânea, já que esse período nos é vendido como o momento maior e mais importante de nossa vida, porém não é nenhum conto de fadas, é a vida real. Isso significa que as coisas podem não correr conforme o planejado.
APOIO: PARA CUIDARMOS, PRECISAMOS SER CUIDADOS Pode ser difícil dar tempo, respeito e respostas afetuosas a uma criança quando não temos isso dentro de nós. Às vezes estamos apenas momentaneamente exaustos, mas também pode ser porque essas coisas não nos foram dadas por nossos pais. Para cuidarmos, precisamos ter sido cuidados. Mesmo levando isso em conta, você vai se surpreender com quantas reservas vai encontrar dentro de si e por quanto tempo podem durar. Mas isso não continua indefinidamente — portanto, caso sinta sinais de esgotamento, busque apoio.
SOLIDÃO O bebê pode não ser o único atormentado pela solidão. Embora você tenha passado nove meses se acostumando com a ideia, tornar-se mãe acontece da noite para o dia. E, conforme sua vida antiga fica para trás e a nova começa a criar raízes, a solidão é um perigo real. A menos que você esteja no centro das atenções de uma família ou de outro grupo que seja geográfica e emocionalmente próximo, é normal se sentir solitária ao virar mãe de primeira viagem.
Os humanos não devem viver isolados; somos animais sociais. Sentimos fome quando precisamos comer, dor física quando precisamos sair do fogo, e solidão quando precisamos estar com outras pessoas e ser vistos e aceitos. A solidão é um sentimento necessário, assim como sede e fome. Ignore-o por sua conta e risco, e pode ser uma grande causa de deterioração mental e física.
O LAÇO: Um dos indicadores mais importantes da boa saúde mental é um forte laço entre pais e filhos.
Inicialmente, quando seu bebê faz um barulho, está se comunicando com você. Os barulhos de um bebê, seus gestos, seus choros coercivos e a maneira como começam brincadeiras de alternância de turnos são os precursores da conversa. Por meio de tudo isso, seus filhos estão procurando a sua reciprocidade.
COMO ENCONTRAR SENTIDO EM CUIDAR DOS FILHOS Alguns pais sofrem nos primeiros anos porque acham essa fase chata ou desestimulante. É verdade que há muito trabalho manual, e que os estímulos intelectuais e sociais recebidos de bebês e crianças pequenas são diferentes daqueles com que você está acostumado no trabalho ou em sua vida antes de ter filhos.
Um sentido que encontrei foi que meu cuidado, respeito e atenção eram um investimento na minha filha e em nossa relação. Relembrando aqueles primeiros meses e anos, parece que passaram bem depressa.
SONO O sono é importantíssimo, não para os bebês e crianças, que dormem quando querem, mas para os pais. Trata-se de uma questão emocional. Os pais ficam nervosos e na defensiva ao falarem de suas estratégias para a hora de ir para a cama, especialmente quando acham que encontraram um método que funciona e então vem alguém como eu e diz: “Não é bom nem aconselhável deixar um bebê ou uma criança pequena chorando sozinho à noite. Essa não é uma forma de se relacionar com os filhos.
O que mais podemos aprender com as pesquisas sobre o treinamento para o sono é que esse método não elimina a necessidade que o bebê sente dos pais; o choro é eliminado pois o bebê desiste de tentar.
Os problemas com o sono começam quando tentamos afastar nossos filhos de nós quando queremos que durmam. Assim, a hora de ir para a cama passa a ser associada com solidão e rejeição.
As noites são metade da vida de um bebê. Se eles criarem o hábito de sentir que não são ouvidos e atendidos e se sentirem solitários à noite, existe o risco de esse se tornar o estado de humor habitual deles. Se um bebê estiver chorando e sendo reconfortado pela mãe, pelo pai ou por outra figura familiar, o estresse é tolerável; se é deixado sozinho para chorar, é um estresse tóxico.
A melhor maneira de se dedicar é com empatia, deitando-se com seus filhos ou simplesmente ficando com eles até que durmam. Assim, eles aprendem a associar o sono a se sentirem amados, acolhidos e seguros.
os bebês não nascem com a capacidade de acreditar que um objeto ainda existe quando não podem vê-lo; é o que os psicoterapeutas chamam de “permanência do objeto”. Por isso, quando são deixados sozinhos, eles podem se sentir abandonados.
Lembre-se de que, se fizermos algo que eles podem fazer por conta própria, existe o risco de prejudicarmos sua autonomia.
Você pode dar “incentivos” para estimular seus filhos a aceitar essas situações — isto é, levá-los um pouco além da sua base de conforto —, mas, se tiver pressa demais para que uma criança se torne independente, isso vai acabar acarretando em trabalho a mais, porque prejudica sua relação e você vai precisar repará-la.
Quando forçamos nossos filhos a fazer as coisas antes que estejam prontos, tanto eles como nós ficamos frustrados. Muito do que nos esforçamos tanto para ensiná-los e obrigá-los a fazer, eles teriam aprendido sozinhos em seu próprio tempo. Nossa pressa de adiantar o desenvolvimento pode acabar retardando o processo.
Não sinta vergonha se seus filhos precisarem de algum tipo de ajuda quando forem adultos por causa de algo que você fez de errado quando eles eram mais novos. Ficar na defensiva em relação a nossos erros só os agrava, em vez de fazê-los desaparecer.
BRINCAR A própria palavra implica que a brincadeira é uma coisa trivial — mas trata-se de algo extremamente importante. Enquanto brinca, o bebê começa a desenvolver a concentração e cria o hábito das descobertas, sendo uma delas o prazer de se concentrar no que está fazendo. Além disso, passa a relacionar ideias e alimentar a imaginação. Também é por meio da brincadeira que as crianças aprendem a se conectar com seus pares. A brincadeira é a base da criatividade e do trabalho, da exploração e da descoberta. Todos os mamíferos brincam, porque brincar é um treinamento para a vida. Brincar é o trabalho do seu filho — e precisa ser respeitado como tal.
As crianças não precisam de muitos brinquedos. Como você deve saber, o clichê de preferirem a caixa ao artigo dentro dela é muito verdadeiro. A filha de dois anos de um conhecido meu ganhou uma pilha grande de brinquedos de seus pais, amigos e parentes corujas. Uma de suas tias também deu uma garrafa de limonada de plástico na forma de um limão. Qual foi o brinquedo favorito da menina? A garrafa de limão, claro! Brincando com a garrafa, ela aprendeu a soprar água para dentro dela, a sugar o líquido para fora e a direcionar um jato d’água também.
As crianças não precisam de muitos brinquedos. Como você deve saber, o clichê de preferirem a caixa ao artigo dentro dela é muito verdadeiro. A filha de dois anos de um conhecido meu ganhou uma pilha grande de brinquedos de seus pais, amigos e parentes corujas. Uma de suas tias também deu uma garrafa de limonada de plástico na forma de um limão. Qual foi o brinquedo favorito da menina? A garrafa de limão, claro! Brincando com a garrafa, ela aprendeu a soprar água para dentro dela, a sugar o líquido para fora e a direcionar um jato d’água também.
Exercício:
Crie bons hábitos de brincadeiras
MODELOS
Seu filho vai imitar o seu comportamento — se não agora, no futuro.
O comportamento, como eu disse, não passa de comunicação. As pessoas — e as crianças em especial — agem de maneiras inapropriadas e inconvenientes porque não encontraram formas alternativas, mais eficazes e convenientes de expressar seus sentimentos e necessidades. O comportamento de algumas crianças é inconveniente para os outros, mas não é “mau”. Seu trabalho é decifrar o comportamento dos seus filhos.
Se você agir como se boa parte da criação dos filhos se resuma a impor sua vontade sobre eles, os padrões de relacionamento que eles vão aprender com isso podem se tornar danosos.
AS QUALIDADES DE QUE PRECISAMOS PARA NOS COMPORTAR BEM
Como eu disse, seu trabalho é dar o exemplo do bom comportamento, lidar com seus filhos e com as outras pessoas com a mesma atitude empática e torcer para que eles adotem esse comportamento também. Além disso, há quatro habilidades que todos precisamos desenvolver para socializar e nos comportar de maneira conveniente. São elas: 1. Capacidade de tolerar frustrações 2. Flexibilidade 3. Habilidades de resolução de problemas 4. Capacidade de ver e sentir do ponto de vista dos outros
Outra coisa que se diz muito é que as crianças se comportam de uma forma que é inconveniente para os outros porque os pais são permissivos. Isso não é verdade: muitas pessoas permissivas conseguem criar filhos cujo comportamento não é um problema nem para eles nem para os outros, e pais rigorosos às vezes têm filhos que, por mais que sejam tratados com firmeza e coerência pelos responsáveis, se comportam de maneira inconveniente. Às vezes, o fato de uma criança se comportar ou não de maneira conveniente não está tão relacionado à rigidez ou à permissividade dos pais, e sim à velocidade com que aprende estas quatro habilidades: tolerância à frustração, flexibilidade, habilidades de resolução de problemas e capacidade de levar os outros em consideração.
Educar os filhos sempre consome tempo. É melhor dedicar esse tempo de forma positiva prevenindo problemas do que negativamente depois que os problemas já tiverem surgido. Se você agir de maneira acelerada demais para o ritmo da criança, se não verbalizar seus sentimentos para ela, se não lhe der avisos sobre seus planos, se não a incluir em nenhuma tarefa, vai acabar passando o tempo que pensou ter poupado dando bronca nela.
ATÉ QUE PONTO OS PAIS DEVEM SER RÍGIDOS?
As três principais estratégias para tentar guiar o comportamento de uma criança tendem a ser: 1. ser rígido; 2. ser permissivo e 3: colaborar.
Ao impor sua insistência sobre seus filhos, você pode estar inadvertidamente ensinando-os a querer sempre ter razão e a serem inflexíveis e intolerantes.
Ser permissivo é quando você nunca transmite normas ou expectativas para seus filhos. Normalmente, quando os pais não impõem nenhum limite para os filhos, é em reação a uma criação avessa a riscos e movida pelo medo ou à sua própria educação autoritária.
Às vezes, quando os pais são tão determinados a não repetir a criação autoritária que tiveram, podem oscilar demais no sentido oposto e não dar nenhum limite para os filhos. Se você parar para pensar, em casos assim, ainda estamos mais reagindo aos nossos próprios pais do que agindo de acordo com a situação que está à nossa frente agora.
Se a sua criação seguiu um método autoritário, você pode pensar que esse é o ideal. Nesse caso, o método colaborativo pode parecer muito cansativo. No entanto, o importante é que, assim como a arrumação do quarto, vocês estejam abertos sobre como se sentem e, dessa forma, cuidem de sua relação e aprendam a ceder e resolver problemas.
AS MENTIRAS DOS PAIS
Com muita frequência, quando fingimos que alguma coisa não está acontecendo ou não aconteceu, mentimos por omissão para nossos filhos. É natural querer protegê-los de sentimentos difíceis, mas o problema não são os sentimentos deles, e sim nosso temor de que virem um problema.
Se não contarmos uma notícia muito ruim de uma forma que a criança consiga lidar, ela vai notar a atmosfera de qualquer maneira e pode encontrar explicações ainda piores.
Não acredito que se deva mentir para as crianças, nem mesmo por omissão, portanto sou contra esconder más notícias, como a morte de alguém importante na família. Mas a notícia precisa ser dada explicando que, embora nós estejamos nos sentindo tristíssimos agora e nunca vamos esquecer a pessoa, vamos nos acostumar com a perda e a vida vai seguir em frente e voltar a melhorar.
DEFINIR LIMITES COM CRIANÇAS MAIS VELHAS E ADOLESCENTES
Impor limites para adolescentes pode ser muito mais difícil do que foi quando seus filhos eram mais novos. No entanto, é mais fácil se você tiver o hábito de descrever a sua perspectiva em vez de definir a dos seus filhos. Mas, caso não tenha, nunca é tarde demais para começar.
Quando meu filho Ethan se tornou adolescente, as coisas ficaram sérias. Ele havia tido alguns problemas na escola antes — nada fora do comum. Mas, quando tinha por volta de dezesseis anos, as coisas ficaram feias. Um dia me ligaram para buscá-lo na delegacia porque tinha se envolvido em um “roubo no supermercado”. Um grupo de quem ele era amigo havia enchido um carrinho num supermercado com cervejas e doces e tentado sair correndo sem pagar nada. Ele disse que não fazia ideia do motivo por que tinha feito isso, só se deixou levar pela ideia. Ele não era assim. Mas fiquei com medo de que poderia estar se tornando…
Cervejas e doces. Esse é um retrato da situação do adolescente: no meio do caminho entre a infância e a fase adulta. Como ele vai conseguir lidar com isso? Você se lembra de como as coisas eram confusas na sua adolescência? E como vamos lidar com isso no papel de pais?
“Decepção” é uma palavra muito usada pelos pais quando o filho chega a esse estágio. É mais marcante para os filhos quando um pai ou uma mãe relata esse sentimento do que quando tenta descrever o adolescente dizendo, por exemplo: “Você está se comportando como um idiota”. Outra ferramenta é seguir a lista de resolução de problemas a seguir, um passo a passo para que o adolescente consiga entender seu próprio processo de raciocínio. Com o tempo, o jovem vai aprender a conduzir o processo sozinho.
“Não sei.” “Certo, pensa um pouco. Como você se sentia antes de fazer isso?” “A gente estava brincando e rindo.” “O que aconteceu depois?” “Começamos a desafiar uns aos outros.” “E o que aconteceu depois?” “A gente foi lá e fez.” “Estou pensando se o problema não é que, quando vocês cinco se juntam, ficam se provocando, se deixam levar e desenvolvem uma pressão de grupo que é difícil demais para resistir. Não é isso?” “É.”